Julho tem maior taxa média de juros desde 2011, diz Banco Central

Apesar do governo federal tentar estimular o crédito como impulso para o crescimento da economia do país, financiar continua muito caro. A taxa média de juros para as pessoas físicas atingiu, em julho, o maior valor da série histórica, iniciada em 2011, 43,2% nas operações com recursos livres (que excluem crédito rural e habitacional). Além disso, a inadimplência voltou a subir depois de ter caído em junho, o que pode colocar em xeque a efetividade das medidas anunciadas pelo Banco Central (BC) na semana passada, de fomento aos bancos para concessão de crédito. Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira (26) pela autoridade monetária.

Conforme o relatório do BC, a inadimplência para pessoas físicas (para recursos livres) atingiu 6,6%. No mês passado, o resultado havia sido 6,5%. Já nas operações das instituições financeiras com empresas, o índice de endividamento superior a 90 dias subiu de 3,4% para 3,5%.

O sistema financeiro brasileiro realizou R$ 2,8 bilhões em operações de crédito em julho, um crescimento de 0,2% em relação a junho, o menor desde janeiro. Com isso, o saldo desse tipo de operações nos últimos 12 meses atingiu 11,4% e representa, hoje, 56% do Produto Interno Bruto (PIB). No mês passado, o acumulado para o ano era de 11,8%. “O mês de julho é um me mais fraco para o crédito livre às empresas. O crédito, no geral, segue em expansão moderada. O patamar de inadimplência está praticamente estável, esse 0,1% não tem a menor significância para nós”, garantiu o chefe do departamento de economia do Banco Central, Tulio Maciel.

Desse montante, R$ 1,3 bilhões são decorrentes de transações com pessoas físicas – alta de 0,5% — e R$ 1,5 bilhões com pessoas jurídicas, um crescimento de apenas 0,1%.

Colaboração Correio Braziliense