João Azevêdo vê pedido de impeachment como “vingança pessoal” de Cunha

O secretário estadual de Infraestrutura, Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia e pré-candidato do PSB a prefeito da Capital, João Azevêdo, avaliou, nesta quinta-feira (3), a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) pelo presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O socialista condenou o ato e destacou que um assunto de tamanha importância não pode ser debatido em forma de “vingança pessoal”. “Seria muita coincidência que logo após a decisão do PT de ser favorável à continuidade das investigações contra Eduardo Cunha, ele tenha aberto esse processo”, declarou João Azevêdo.

João Azevêdo defendeu que a apuração de denúncias de irregularidades sejam feitas, contra quem quer que seja, mas de forma responsável. “A democracia brasileira é maior que isso, é maior que qualquer pessoa, que está querendo tirar proveito de uma situação grave que o país atravessa. O Brasil está amadurecido e saberá dar a resposta”, enfatizou.

Retrocesso

Já o presidente do PSB de João Pessoa, professor Ronaldo Barbosa, classificou a atitude de Eduardo Cunha um retrocesso para a democracia brasileira. “Essa medida é um golpe contra aqueles que lutaram contra ditadura, é um golpe contra aqueles que querem ver a democracia brasileira ser mais aprofundada e, mais do que nunca, é um golpe contra um governo democrático popular”.

Ronaldo Barbosa disse ainda que o PSB irá às ruas junto com os movimentos populares e com os partidos progressistas para tentar “impedir esse golpe contra a democracia brasileira”.