A equipe do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, faz planos para impedir que Michel Temer consiga ganhar fôlego no Congresso após a apresentação da primeira denúncia contra o peemedebista, na próxima semana. O grupo estuda entregar ao Supremo um segundo pedido de ação penal contra o presidente antes mesmo de a Câmara decidir pela aceitação ou não da queixa inicial. Procuradores dizem que, com o que há hoje, é possível atribuir ao menos três crimes a Temer.
O presidente deverá ser acusado por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de justiça. Há quem aposte que é possível unir elementos para uma quarta acusação: lavagem de dinheiro.
Os repasses ao coronel João Baptista Lima Filho, ex-assessor de Michel Temer, além de material ainda sob sigilo nas mãos de Rodrigo Janot, poderiam dar base para a queixa de lavagem.
Relatoria
Jones Martins (PMDB-RS) é hoje o nome mais forte para assumir a relatoria da denúncia contra Temer na CCJ da Câmara. Integrantes da base afirmam que pesa a favor dele o fato de ser advogado e especialista em direito constitucional.
Da coluna Painel/Folha de SP