Instalada na divisa entre Paraíba e Pernambuco, Fiat já gera 5.345 empregos

Renata Campos e Ricardo Coutinho na inauguração da fábrica da Fiat
Renata Campos e Ricardo Coutinho na inauguração da fábrica da Fiat

Instalada na cidade de Goiana, na divisa entre os estados da Paraíba e de Pernambuco, a fábrica do Grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA) trata-se da unidade fabril mais avançada do mundo do grupo, com capacidade de produção de 250 mil unidades por ano. A inauguração do empreendimento está ocorrendo neste momento, com a presença da presidente Dilma Rousseff (PT), do governador Ricardo Coutinho (PSB) e do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT).

A princípio, sai da fábrica de Goiana o utilitário-esportivo Renegade, que teve a produção iniciada e já enche o pátio da unidade. Outros modelos, inclusive da Fiat, também pertencente ao grupo, estão por vir da unidade pernambucana. “Essa planta tem espaços modulados e a capacidade pode ser ampliada para 600 mil carros por ano, de acordo com a necessidade”, revelou Denny Monti, diretor de Engenharia de Manufatura.

A planta tem investimento de R$ 4 bilhões, mais R$ 2 bilhões de investimentos dos 16 sistemistas (fornecedores), que estão dentro do mesmo terreno para construir em formato e velocidades dinâmicas, com perdas reduzidas e tempo cronometrado. A proximidade garante uma maior nacionalização dos veículos produzidos em Goiana, que chegará a 80%.”Também garantimos maior agilidade na produção e reduzimos os riscos com as mudanças cambiais”, explicou Alfredo Fernandez, diretor do Supplier Park.

Durante o pico da construção, cerca de 11 mil pessoas trabalharam na implantação da unidade pernambucana, tanto na construção civil quanto na montagem de máquinas e equipamentos. Hoje, são 7.574 nessas atividades. “O processo segue em desmobilização para chegar a zero. Em paralelo, a fase de operação iniciou o processo de contratação em treinamento”, contou Adauto Duarte, diretor de Recursos Humanos.

Até o momento, a fábrica pernambucana do grupo FCA gera 5.345 empregos, sendo 1.971 na planta, 2.524 no parque de fornecedores e 850 em empresas terceirizadas. “Nosso objetivo era investir na mão de obra local. Tanto que viemos um ano antes para estudara região e entender a realidade local. Hoje nosso quadro é formado por 78% de pernambucanos e 82% de nordestinos”, ressaltou Duarte.

Mais de 10 mil pessoas também estarão empregadas, somente na operação, quando esta etapa chegar ao pico. “A ideia é que, no fim do ano, sejam 9 mil pessoas atuando na operação do polo automotivo e voltar ao número acima de 10 mil pessoas em 2016”, destacou o diretor de Recursos Humanos. “Vale ressaltar que, de todos os trabalhadores locais que atuam ou atuaram no polo, 100% nunca havia trabalhado ou nunca teve contato com produção automotiva”, complementou.

Social

Para se instalar em Goiana, a Jeep também investe no lado social da região. Para isto, investiu em um hospital, que será entregue no final de maio e contará também com trabalho voluntário, e também em uma escola em Igarassu que funcionará em tempo integral a partir de meados deste ano.