Impeachment não pode ser guiado por chantagista, diz PSOL da Paraíba

O presidente estadual do PSOL Tárcio Teixeira afirmou, em entrevista ao Paraíba Já, que para que se dê continuidade ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), é necessário o afastamento do então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB).

“Primeiro é preciso ter claro que o impeachment é um instrumento constitucional. O que tá sendo pautado pelo PSOL é que ele ser dirigido por um chantagista, por um deputado que a todo momento implementa golpes e rasteiras no congresso nacional não é algo pra gente levar com seriedade. Diferente se fosse um processo que apontasse de fato quais são as irregularidades e que existisse uma participação popular também dirigindo esse processo. Eduardo Cunha não representa ninguém, não tem como a Câmara dos Deputados funcionar com esse parlamentar dirigindo. Ele tem que sair para que o Congresso volte a funcionar com a devida democracia”, disse.

O presidente estadual acredita que o processo terá andamento com maior agilidade e que a democracia não deve ser ferida.”Acho que pra democracia é importante que esse processo seja o mais breve possível. Se vocês recordarem no dia que foi implantado o processo de impeachment, os parlamentares da oposição de direita se colocaram pela celeridade, e no dia seguinte, pelo recesso. Então na verdade é uma grande mentira, é uma grande farsa que se passa no Congresso Nacional e que se passa no nosso país. A gente precisa de fato que isso seja acelerado o mais rápido possível para que voltemos a normalidade. Isso só faz contribuir para ampliar os problemas que sofrem a população”, ressalta.

Tárcio revela que o pensamento da bancada do PSOL é similar ao seu. “Sem dúvida nenhuma, o companheiro Chico Alencar que é nosso líder na Câmara dos Deputados deu uma entrevista coletiva que tá lá no facebook falando sobre isso. E tivemos agora no último final de semana, o Congresso Nacional do PSOL que defendeu essa linha política”, garante.