A professora de Direito do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), Laura Berquó, ao acusar o advogado paraibano Iarley Maia de ter informações privilegiadas de inquérito que corria no Ministério Público do Trabalho, fundamentava a sua tese dizendo que havia uma relação homoafetiva entre o advogado e o procurador do Trabalho, Eduardo Varandas. Para confirmar sua tese, ela citava o advogado Harrison Targino, que, segundo ela, a teria informado sobre a relação entre Iarley e Eduardo Varandas.

Entretanto, as afirmações da professora, que responde a processo de calúnia e difamação justamente por tais dizeres, que dizem respeito ainda a outras pessoas, foram negadas veementemente pelo advogado Harrison Targino, colocando Laura em situação extremamente complicada no processo, uma vez que sua versão caiu por terra.

Harrison disse que jamais fez referências “a pessoas ou a colegas de profissão e suas eventuais opções sexuais em ambiente algum” e que tem como marca não tratar da vida privada de ninguém “lição que aprendi com meus pais e repasso aos meus filhos”.

Leia a declaração do advogado para o jornalista Fernando Caldeira na íntegra:

“Lastimo que disputa entre advogados, originariamente posta em audiência, resvale para espetacularização, com citações até de quem -como eu – nada tem a ver com a demanda.

Não sou, nesta causa, nem parte, nem advogado.

A contenda destes, e entre eles, é objeto de ação contra a honra, onde deve permanecer e ser julgado e nada tem com o ambiente universitário.

Não fiz, nem faço, referências a pessoas ou a colegas de profissão e suas eventuais opções sexuais em ambiente algum.

Tenho como uma das características não tratar da vida privada de ninguém, lição que aprendi com meus pais e repasso aos meus filhos.

Quem me conhece sabe bem que não é de meu feitio.

Respeito a todos e cada um e suas eventuais opções religiosas, ideológicas, sexuais ou políticas.”