Guardas reclamam de condições de trabalho e mantém greve em JP

Os guardas municipais de João Pessoa, que estão em greve desde a manha desta segunda-feira (13), dizem que não tem previsão para interromper a paralisação nas atividades, pelo menos até serem recebidos pelo prefeito Luciano Cartaxo (PT). Os manifestantes garantem  que não aceitarão ser recebidos por secretários ou representantes, mas apenas pelo próprio prefeito.

“Nem prefeito, nem Prefeitura, ninguém entrou em contato com a categoria, mostrando que nos desrespeitam, e que não querem negociação”, criticou o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de João Pessoa (Sindguardas), Joalysson Barros.

Segundo ele, a categoria cobra a melhoria nos salários, que hoje são de cerca de R$ 805, um dos menores do Brasil, para R$1,1 mil, valor compatível com guaras municipais em outros estados, a aquisição de equipamentos de proteção individual, como coletes e capacetes e a estrutura física dos locais onde a Guarda Municipal atua.

“Nossas condições de trabalho são péssimas, temos de pagar pelo nosso fardamento, não temos colete, capacetes, sem protetor solar, e nos postos onde atuamos não temos nem água para beber”, revela.

Joalysson diz que a categoria está disposta a negociar com Luciano Cartaxo, e que a categoria quer o melhor para os trabalhadores e para a população, que deixa de contar com segurança em espaços como UPAs e escolas. “A gestão é intransigente, Cartaxo se reúne com o Picolé de Manga, com o Folia de Rua, mas não se reúne com a nossa categoria. Porque?”, questiona.