Gestão de Cartaxo consegue reduzir capacidade de investimento, revela Firjan

João Pessoa foi a capital do Nordeste que sofreu a maior queda no ranking do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) entre 2009 e 2015. Há seis anos, a capital paraibana liderava a pesquisa na região, mas a última edição mostra a cidade apenas na sexta colocação, apresentando retração em quatro dos cinco indicadores avaliados – receita própria, gastos com pessoal, investimentos e liquidez.

Em 2009, João Pessoa apresentava Conceito A (gestão de excelência) em três indicadores: gastos com pessoal, liquidez e custo da dívida. Em 2015, a cidade perdeu esse título em dois indicadores e ainda atingiu o Conceito D (gestão crítica) no indicador Investimento. A piora na qualidade da gestão fiscal também provocou a queda da Capital no ranking dos municípios da Paraíba, despencando da primeira para a quinta colocação em seis anos.

A pontuação no IFGF durante o período avaliado retraiu de 0.7282 para 0.5506, o que ocasionou a mudança da classificação de Boa Gestão (Conceito B) para Gestão em Dificuldade (Conceito C). A pontuação varia entre 0 e 1, sendo que, quanto mais próximo de 1, melhor a gestão fiscal do município no ano em observação. O IFGF utiliza-se exclusivamente de estatísticas oficiais declaradas pelos próprios municípios à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), conforme parâmetros estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

“Esses dados traduzem a inoperância da gestão de (Luciano) Cartaxo. Em pouco tempo ele conseguiu destruir todo o trabalho desenvolvido pelas gestões do PSB em João Pessoa. Agora a população está sabendo porque os serviços prestados pela prefeitura na atual gestão são tão ruins. Cartaxo conseguiu a proeza de destruir a gestão fiscal implementada pelo PSB na nossa cidade”, destacou o professor Ronaldo Barbosa, presidente do PSB pessoense.

Indicadores avaliados pelo IFGF:

Receita Própria: mede o total de receitas geradas pelo município, em relação ao total da receita corrente líquida (RCL). O índice permite avaliar o grau de dependência das prefeituras no tocante às transferências dos Estados e da União.

Gastos com Pessoal: representa quanto os municípios gastam com pagamento de pessoal, em relação ao total da receita corrente líquida (RCL). Tendo em vista que esse é o gasto com maior participação na despesa total de um município, este indicador mede o grau de rigidez do orçamento, ou seja, o espaço de manobra da prefeitura para execução das políticas públicas, em especial dos investimentos.

Investimentos: acompanha o total de investimentos em relação à RCL. Ruas pavimentadas, iluminação pública de qualidade, transporte eficiente, escolas e hospitais bem equipados são exemplos de investimentos municipais capazes de aumentar a produtividade do trabalhador e promover o bem-estar da população.

Liquidez: verifica se as prefeituras estão deixando em caixa recursos suficientes para honrar os restos a pagar acumulados no ano, medindo a liquidez da prefeitura como proporção das receitas correntes líquidas.

Custo da dívida: corresponde às despesas de juros e amortizações, em relação ao total das receitas líquidas reais. O índice avalia o comprometimento do orçamento com o pagamento de juros e amortizações de empréstimos contraídos em exercícios anteriores.

IFGF 2015

RANKINGCAPITALIFGF
1SALVADOR (BA)0.7659
2FORTALEZA (CE)0.7318
3ARACAJU (SE)0.6580
4RECIFE (PE)0.6156
5NATAL (RN)0.5524
6JOÃO PESSOA (PB)0.5506
7MACEIÓ (AL)0.5391
8SÃO LUÍS  (MA)0.5284
9TERESINA (PI)0.4998

 

IFGF 2009

RANKINGCAPITALIFGF
1JOÃO PESSOA (PB)0.7282
2TERESINA (PI)0.7120
3FORTALEZA (CE)0.6708
4ARACAJU (SE)0.6704
5RECIFE (PE)0.6509
6NATAL (RN)0.6123
7MACEIÓ (AL)0.5626
8SÃO LUÍS (MA)0.5553
9SALVADOR (BA)0.5165