G1: Manoel Júnior tem a preferência da bancada do PMDB para assumir Ministério da Saúde

O nome do deputado paraibano Manoel Júnior é o que conta com maior apoio da bancada do PMDB na Câmara Federal para comandar o Ministério da Saúde. A informação é do Portal G1, que revela ainda que a presidente Dilma Rousseff (PT) recebeu nesta manhã as indicações do partido para ocupar a pasta.

“O nome com maior apoio da bancada para comandar o Ministério da Saúde é o do deputado Manoel Junior. As alternativas para essa pasta são Marcelo Castro e Saraiva Felipe”, diz trecho da reportagem do G1 publicada nesta quarta-feira (23).

Ainda de acordo com a matéria, Dilma recebeu nesta quarta, em reuniões separadas no Palácio da Alvorada, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).” Os dois foram ao encontro de Dilma para discutir a reforma administrativa que o governo deve anunciar até esta quinta (24)”, cita a reportagem.

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Dilma recebe Temer e Lula para definir reforma ministerial

A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta quarta-feira (23), em reuniões separadas no Palácio da Alvorada, o vice-presidente da República, Michel Temer, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os dois foram ao encontro de Dilma para discutir a reforma administrativa que o governo deve anunciar até esta quinta (24).

Anunciada em agosto com o objetivo de reduzir gastos, a reforma consiste em extinguir cerca de dez dos atuais 39 ministérios e reduzir o número de cargos comissionados.

Em meio às negociações para definir quais ministérios serão cortados e como ficará o novo mapa do primeiro escalão, o líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), entregou pessoalmente a Dilma, na manhã desta quarta, as indicações do partido para o Ministério da Saúde. Temer, que também é presidente nacional do PMDB, participou do encontro. Pela manhã, também estiveram no Alvorada o ministro Eduardo Braga (Minas e Energia), do PMDB, e o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE).

No início da tarde, Dilma recebeu Lula, seu principal conselheiro político para uma reunião com os ministros Ricardo Berzoini (Comunicações) – que deve assumir a articulação política do governo –, Aloizio Mercadante (Casa Civil), Edinho Silva (Comunicação Social) e Jaques Wagner (Defesa), além do assessor especial da Presidência Gilles Azevedo e o presidente do PT, Rui Falcão.

PMDB

A bancada do PMDB na Câmara se reuniu nesta terça (22), por quase duas horas, para definir os nomes que seriam indicados a Dilma para o Ministério da Saúde e para uma nova pasta que poderá ser criada, o Ministério da Infraestrutura.

Segundo parlamentares do PMDB ouvidos pelo G1, os nomes que seriam indicados para consulta são os dos deputados José Prianti Junior (PMDB-PA), Celso Pansera (PMDB-RJ), Newton Cardoso Junior (PMDB-MG), Mauro Lopes (PMDB-MG), Manoel Junior (PMDB-PB), Marcelo Castro (PMDB-PI) e Saraiva Felipe (PMDB-MG).

O nome com maior apoio da bancada para comandar o Ministério da Saúde é o do deputado Manoel Junior. As alternativas para essa pasta são Marcelo Castro e Saraiva Felipe.

O deputado José Prianti Junior comandaria, segundo petistas, um ministério ligado à área da infraestrutura, possivelmente uma fusão da Secretaria da Aviação Civil com a Secretaria de Portos. Celso Pansera, Newton Cardoso Junior  e Mauro Lopes seriam alternativas a Prianti, se o nome for vetado por caciques do PMDB no Pará.

Inicialmente, o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, estava cotado para o comando da nova pasta de Infraestrutura. No entanto, Dilma optou por um nome com respaldo da bancada do PMDB na Câmara para tentar conter a rebelião na base governista. Nos últimos meses, Padilha vinha acumulando suas atribuições na Aviação Civil com o varejo da articulação política do Palácio do Planalto.

O PMDB também tentará manter Henrique Alves na pasta do Turismo, ainda que seja fundida com outros ministérios. O nome dele, porém, não foi endossado para ocupar os dois ministérios oferecidos para a bancada do partido na Câmara.

Coordenação política

Na última segunda (21), a presidente se reuniu no Palácio do Planalto com a coordenação política do governo, grupo formado pelos ministros mais próximos dela que avalia estratégias a serem adotadas. No encontro, ficou decidido que ela discutiria com os líderes da base aliada no Congresso Nacional os possíveis cenários da reforma administrativa.

Desde então, conforme mostrou o Blog do Camarotti, ela passou a receber alguns parlamentares, como o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), e a telefonar para outros. Nos últimos dois dias, ela também se reuniu por duas vezes com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).