Fuba critica intenção da PMJP de cobrar devolução de recursos: “antidemocrático”

O vereador Eduardo Fuba (PT) mostrou seu descontentamento com o cenário de carnaval do ano de 2016. Em entrevista ao Paraíba Já, Fuba criticou a atitude do prefeito Luciano Cartaxo (PSD) de retirar as verbas destinadas para o Carnaval Tradição após protestos contra ele, feito pelas Orquestras de Frevo.

“Ele afirmou, autoritariamente, que quer a prestação de contas dos blocos que protestaram contra os repasses do carnaval. A prestação de contas é obrigação da Prefeitura em qualquer circunstância, mas você retaliar isso dos blocos apenas porque protestaram, eu acho uma atitude antidemocrática, e também, nada transparente, até porque a prestação de contas deve ser feita independente de qualquer evento. Se eles estão cobrando essa prestação agora, quer dizer que antes eles não a faziam? Quer dizer que a Funjope só cobra prestação de quem protesta contra o prefeito, é isso?”, criticou o vereador.

O vereador afirmou que o repasse feito pela Prefeitura foi dado às vésperas das datas comemorativas. “Sabemos que o repasse da Funjope aconteceu poucos dias antes do desfile, o que tornava a confecção das fantasias algo inviável. O fato do protesto ter ocorrido é algo que a nossa democracia permite”, explica.

Fuba analisou a postura do prefeito e alfineta sua falta de visão no que tange as questões de gestão.“Eles não enxergam isso como um produto turístico. Se estamos numa crise econômica e o dólar está em alta, evidentemente que o turismo no Brasil tenderia a crescer, né? Ninguém vai viajar com o dólar caro. Pernambuco, Salvador, Rio de Janeiro sacaram isso direitinho, até porque duplicaram as verbas para o carnaval. A crise acontece no país inteiro, mas ele não teve essa visão. A partir do momento que ele não investiu no Extremo Cultural, que é um evento já reconhecido, porque não investir nos artistas locais? A cidade estava cheia de turismo, mas ele não teve esse compromisso. A cena musical aqui está fantástica, mas como não tem força do poder público está vivendo independente”, disse.