Farias diz que seria “incoerência” ignorar CPI e ressalta que é da base de Cartaxo

O vereador Bruno Farias (PPS) comentou seu apoio a CPI da Lagoa. Ele lembrou que a principal atribuição de um vereador é fiscalizar as ações do Poder Executivo, no caso, a prefeitura, e que havia elementos fortes para instalar a Comissão.

“Nesse caso específico, nós temos o relatório da Controladoria Geral da União (CGU), um órgão isento, imparcial, acima de qualquer suspeita, que traz indícios muito fortes de irregularidades na obra da Lagoa. E é dever da Câmara Municipal de João Pessoa dar guarida a essas suspeitas e procurar investigá-los. Primeiro para saber se esses indícios correspondem ou não a realidade e, em correspondendo, apontar os indiciados e assim encaminhar o relatório para o Ministério Público para posterior oferecimento de denúncia”, defendeu Farias.

Questionado se sua postura de apoio à CPI não era incoerente com o fato de integrar oficialmente a bancada de situação na Câmara, ele retrucou e desconversou.

“Eu durante toda a minha trajetória (política), sobretudo nesse mandato, sempre atuei de maneira muito altiva, muito independente, buscando a verdade real e transparência. Nesse específico da Lagoa, todos os requerimentos – eu disse todos os requerimentos – relativos a convocação de secretários, dos proprietários das empresas responsáveis pelo transporte dos dejetos, dos sedimentos, da areia mole, como fala o relatório da CGU para o aterro sanitário, contaram com o meu voto favorável”, relembra o vereador e ex-secretário de Turismo da gestão Cartaxo.

“Seria incoerência de minha parte, portanto, não assinar a CPI. E mesmo votando favorável a esses requerimentos eu nunca fui tido como alguém fora da bancada de situação. Porque acima de posicionamentos políticos deve estar a luta incessante que os homens públicos devem ter pela verdade e pela transparência”, concluiu ele.