Transparência: vereador rebate líder de situação de JP: “é brincar com a inteligência das pessoas”

O vereador e líder da oposição Raoni Mendes (PTB) rebateu as declarações sobre Transparência Pública feitas pelo colega de parlamento, Marco Antônio (PPS), líder da bancada de sustentação do prefeito Luciano Cartaxo (PSD) na Câmara de João Pessoa (CMJP).

Marco afirmou que a gestão de Cartaxo é exemplo em Transparência Pública e que medidas adotadas nessa área são “a vacina para a corrupção”.

Em entrevista ao Paraíba Já, neste domingo (27), Raoni até concordou que o líder de situação tem razão. “O vereador Marco Antônio tem razão. A transparência é uma vacina contra a corrupção. Contudo, dizer que a Prefeitura de João Pessoa dá exemplo de transparência é querer brincar com a inteligência das pessoas”, declarou.

Ele ainda afirmou que é só acompanhar as sessões na CMJP para encontrar contradições. “São inúmeros os requerimentos de pedido de informação, propostos principalmente por mim e pelo vereador Renato Martins, derrubados diariamente pela bancada do Prefeito, sob a orientação do vereador Marco Antônio. Assim, discursar em favor da transparência é negar, aos vereadores, o direito de pedir informação, é um evidente contrassenso com o qual eu não conseguiria dormir. A transparência pública, definitivamente, não é a marca do prefeito e nem do líder da sua bancada, na Câmara Municipal de João Pessoa. Mas tentar ludibriar a população faz parte do seu dia a dia”, apontou.

Ele ainda continua apontando incongruências no discurso de Marco Antônio e cita exemplos de requerimentos na CMJP de autoria da bancada de oposição e que foram derrubados pela situação. “Para mim, se a gestão de João Pessoa é a segunda melhor do Nordeste, eu lamento a situação das demais. Eu gostaria muito que o vereador Marco Antônio ouvisse seu próprio discurso e não negasse informação aos vereadores. Se o vereador fosse a favor da transparência teria aprovado a convocação da empresa Revita, para explicar as denúncias do lixo. Se o prefeito é tão transparente porque permite que a gestora da saúde municipal descumpra lei federal, deixando de comparecer a Câmara Municipal para detalhar o uso dos recursos?”, questionou.