Erro na placa da Lagoa é “pedalada discursiva” e “marketing apelativo”, diz ex-secretário de Cartaxo

O sociólogo, jornalista, professor do curso de Direito do Instituto de Educação Superior da Paraíba (IESP) e ex-secretário de Comunicação da Prefeitura de João Pessoa nos dois primeiros anos da gestão e ex-coordenador de Projetos Especiais do prefeito Luciano Cartaxo (PSD), Marcus Alves, falou sobre a polêmica levantada esta semana em relação a dados das obras do Parque Solon de Lucena divulgados em placas no local que aparentemente publicizam informações inverídicas.

Para ele, não há justificativas para o erro. “A verba publicitária, sobretudo nessa época de crise e transparência, deve ser usada com parcimônia. Aplicada naquilo que realmente tem grande importância para o povo. Um governo quando parte para fazer propaganda de lixo, ou de pequenas obras, é porque quer viver de manchetes. E o pior: fazer propaganda com dados errados, como estas 200 mil toneladas de lixo retiradas da Lagoa”, afirmou.

Marcus ainda ressalta que a informação equivocada pode ser considerada uma “pedalada” na linguagem. “Uma coisa é dar uma informação errada, ficar repetindo ela a exaustão em entrevistas, discursos oficiais e até fazer campanha. Pode ser um engano, uma trapalhada, uma pedalada discursiva. Quando se tem um erro informativo, você deve corrigir o mais rápido. Outra coisa é montar uma estratégia política em cima de um erro, como você diz “enganar” a população. Mas aí você vai para o campo do julgamento das coisas. Não gosto de julgar ninguém. Não cabe a mim fazer julgamentos, mas ao próprio povo, aos órgãos de controle e fiscalização”, declarou.