Empresa contratada para fazer a segurança do Parque do Povo é clandestina, denuncia vereador

Socialista Bruno Faustino acusa Prefeitura de Campina de Grande de se omitir na fiscalização

Empresa contratada para fazer a segurança do Parque do Povo é clandestina, denuncia vereador
Bruno Faustino cobra fiscalização da PMCG

O vereador Bruno Faustino (PSB) pediu novamente que os vereadores da base de sustentação do prefeito Romero Rodrigues (PSDB) intercedam junto ao tucano para que a empresa Aliança, atual administradora do ‘Maior São João do Mundo’, cumpra a Lei Federal Lei 7.102/83, e contrate seguranças treinados e credenciados e não “porteiros”, para auxiliar na segurança do Parque do Povo.

Bruno Faustino disse considerar o São João de Campina como a maior festa cultural do Brasil, mas lamentou o fato de a empresa Aliança, que recebeu da PMCG quase R$ 3 milhões para iniciar o evento não dar a devida atenção à segurança. “A empresa contratada pela Aliança, para explorar o serviço de segurança, sequer tem as mínimas condições técnicas, exigidas por Lei Federal e pela Portaria 3233/2012, para trabalhar como segurança, em festa de grande porte, a exemplo do nosso São João”, lamentou.

De acordo com o parlamentar socialista, a empresa contratada para fazer a segurança do Parque do Povo, além de ser clandestina, não tem suporte técnico para trabalhar em festa de grande porte, já que deveria obedecer a vários pré-requisitos.

O vereador ainda chamou a atenção para o número insuficiente de seguranças privados no Parque do Povo. “Para diminuir e evitar a quantidades de incidentes, como facadas e mortes, as portarias deveriam trabalhar com um contingente de no mínimo 100 seguranças treinados para abordagem, mas, na realidade, a empresa tem disponibilizado apenas 50 porteiros, para filtrar um público de mais de 60 Mil expectadores que visitam o Parque do Povo”, alertou.

Sobre o não cumprimento da Lei 7.102/83, bem como da Portaria 3233/2012, que em seu Artigo 1º e § 1º, determina que “as atividades de segurança privada serão reguladas, autorizadas e fiscalizadas pelo Departamento de Polícia Federal – DPF”, o vereador Bruno Faustino lembrou que, no último dia 6, o Sindicato das Empresas de Seguranças Legalizadas de Campina Grande entrou com um pedido de investigação na Policia Federal, para fiscalizar o não cumprimento das exigências legais.

Crime no Parque do Povo

O socialista também lamentou a morte do vendedor Davson Oliveira Barbosa, que faleceu após ser atingido por uma facada no pescoço, durante tentativa de assalto no Parque do Povo.

“Espero que os vereadores que apoiam o prefeito alertem para esse descumprimento contratual da Aliança, pois, assim como este cidadão faleceu, e muitos outros já foram esfaqueados e feridos dentro do Parque do Povo, muitos outros shows e noites acontecerão, com a mesma falha de segurança, fruto do descumprimento de leis federais e até contratuais, já que a empresa administradora da festa age pensando nos lucros, enquanto a Prefeitura de Campina Grande se omite em fiscalizar”, denunciou Bruno Faustino.