Você viu? Em menos de três meses, gestão de Cartaxo é alvo de duas operações policiais

A gestão do prefeito Luciano Cartaxo (PSD) já foi alvo de duas ações policiais em menos de três meses, com a Operação Irerês, no começo de junho, e a Operação Parcela Débito na quinta-feira (24), que culminou com a prisão de 19 pessoas por fraudes no Instituto de Previdência Municipal.

A operação é conjunta com as polícias Civil e Militar da Paraíba e com a Controladoria-Geral do Município de João Pessoa (CGM) e a ação tem o intuito de apurar possíveis fraudes, que podem chegar ao montante de R$ 25 milhões na folha de pagamento do Instituto de Previdência do Município de João Pessoa (IPM).

Ao todo, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão, 20 mandados de prisão preventiva e 16 mandados de condução coercitiva, expedidos pelo Juiz de Direito da 6ª Vara Criminal de João Pessoa. Todos os mandados foram cumpridos no município de João Pessoa. Levantamentos realizados pelo Gaeco e pela Controladoria-Geral de João Pessoa, apontam que os investigados fraudavam a folha de pagamento do IPM das mais variadas formas.

Operação Irerês

A outra operação que está em andamento é a Irerês. Desencadeada no dia 02 de junho, pela Polícia Federal (PF), ela tem o objetivo de investigar possíveis irregularidades em procedimentos licitatórios e na execução da obra da Lagoa, que é um dos cartões postais não só da cidade, mas da gestão de Cartaxo.

Laudos da PF apontaram prejuízos aos cofres públicos de mais de R$ 6 milhões. A obra do novo Parque da Lagoa contou com repasse do Ministério das Cidades. A Justiça Federal tornou os bens da empresa, que realizou a obra, indisponíveis e proibiu novos pagamentos da Prefeitura de João Pessoa para o contrato de repasse da obra da Lagoa.

Mais prejuízos são encontrados na área da Saúde. No Hospital Santa Isabel, 40 máquinas de hemodiálise estão dentro de suas caixas há quatro anos. Os equipamentos deveriam estar realizando tratamentos na Central de Hemodiálise, que possui prédio e equipamentos prontos herdados pela primeira gestão de Cartaxo.

A Prefeitura paga a clinicas particulares, para realizar os procedimentos de hemodiálise e termina pagando caro por um tratamento que já poderia estar sendo oferecido pelo Município. Até março deste ano, de acordo com um levantamento realizado pelo Paraíba Já, a Prefeitura tinha pago o valor de R$ 19 milhões as clinicas da Nefruza, Clinepa e Unirim (Marcelo Barbosa Leite), para realizar o tratamento, de acordo com informações obtidas através do Portal da Transparência da  Prefeitura.