“E a vida tranquila continua para quem atropela e mata um trabalhador”, diz PT/PB

A notícia do habeas corpus concedido pelo desembargador Jóas de Brito Pereira Filho para Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva, que na madrugada deste sábado, 21, atropelou e matou, durante fuga de uma blitz da Lei Seca, o agente de trânsito Diogo Nascimento de Souza, esta causando grandes debates das Redes Sociais, além de protestos nas ruas de João Pessoa. O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores da Paraíba, Professor Charliton, foi um dos que criticou a decisão do desembargador.

Em sua página no Facebook, o Professor Charliton colocou a foto do Salvo Conduto 01/2007, e fez o seguinte comentário: “Como já era esperado, o desembargador Jóas de Brito Pereira Filho revogou a decisão de prisão do Sr. Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva. Nada mais frágil do que o próprio argumento do magistrado, pois, o mesmo assegura não haver ‘justa causa a justificar o cerceamento do direito de locomoção, ressalvados fatos novos justificadores da medida extrema durante a instrução’. E a vida tranquila continua para quem atropela e mata um trabalhador e foge sem prestar socorro no seu luxuoso ‘brinquedo’ noturno!”.

O post do presidente estadual do PT da Paraíba recebeu apoio de outras pessoas, que também consideraram absurda a postura do desembargador e enfatizaram a forma como a justiça age dependendo da classe social do criminoso.

Sobre esse tema, o Professor Charliton lamentou que atitudes desse tipo fazem com que cada vez mais as pessoas deixem de acreditar na justiça: “O que estamos vendo nesses últimos dias, infelizmente, é o que acontece no nosso país diariamente. A classe social determina o peso da pena, e quanto mais pobre e mais negro, maior o rigor. Como disseram, negros e pobres merecem apodrecer na prisão, ou até mesmo morrer, mas se o crime for cometido por um branco e rico, ele merece uma segunda chance, de preferência em liberdade”.