“É um golpe paraguaio, é o limite do cinismo”, diz petista paraibano

Na manhã desta quinta-feira, 03, o deputado estadual Anísio Maia (PT) comentou a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que autoriza abertura do processo de pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.

Anísio lembra que até os mais responsáveis líderes da oposição admitem que não há fatos para abertura de processo de impeachment e que a manobra de Cunha trata-se de uma agressão à democracia e o apoio que ele recebe expressa o cinismo da direita brasileira. “Não há base material para a abertura do pedido de impeachment. As supostas irregularidades fiscais ainda sequer tiveram seus julgamentos concluídos. E as famosas pedaladas foram realizadas por todos os governos anteriores. É um golpe paraguaio. É o limite do cinismo.” afirmou.

Para Anísio Maia, é estranho o silêncio daqueles que defendem o golpe contra a presidenta Dilma diante dos ilícitos de Eduardo Cunha. “Cunha tem duas denúncias no STF e Dilma não tem nenhuma. Desde 1991, há dez denuncias de corrupção contra Cunha, não há nenhuma denuncia contra Dilma. Cunha tem conta bancária na Suíça com dinheiro ilegal e mentiu em um depoimento oficial em uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Deveria está preso com o senador Delcídio e com o banqueiro André Esteves”. afirmou.

“Na verdade Eduardo Cunha está com uma postura revanchista já que a bancada do PT na Comissão de Ética votará pela abertura de processo contra ele. Usar o cargo que ocupa para revanches ou interesses pessoais é um crime e, portanto, a abertura deste processo de impeachment é ilegítima e por questões pessoais” explicou o petista.

Anísio Maia, no entanto, é otimista e diz que os setores democráticos da sociedade já estão mobilizados e conseguirão o apoio de 172 deputados para barrar o golpe, começando a construir uma nova governabilidade para implementar o programa vitorioso das eleições de 2014. “Estamos prontos e mobilizados. O que está em jogo não é apenas o governo Dilma, mas a democracia. Derrotaremos o golpismo no Congresso e nas ruas” concluiu.