Diretor do Trauma de CG culpa gestão do PSDB por retenção de macas

O Hospital de Trauma de Campina Grande atende pacientes de 270 municípios da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará, vítima na área de traumatologia, pessoas baleadas, vítimas de agressão por armas brancas. Nos finais de semana, cerca de 100 acidentados de motocicletas. A média de atendimentos é de 10 mil por mês.

De acordo com o diretor geral do Trauma de CG, Geraldo Antônio de Medeiros, o hospital é referência no Nordeste com 1.850 servidores, 350 médicos de todas as especialidades e com 59 médicos nos plantões de 24 horas. O que acontece é que a demanda é muito grande já que além dos pacientes traumatizados, o hospital tem recebido casos de pessoas com câncer, aids, tuberculose e outras doenças. Isso acontece porque o Hospital Universitário e o hospital da FAP, especializados na área não estão funcionando e a rede hospitalar do município de Campina Grande também não tem estrutura, quase não funciona.

“O maior problema é a rede municipal de saúde que não funciona bem, então toda a demanda é socorrida pelo Hospital de Trauma do Estado”, destacou.

A cidade tem ainda quatro hospitais particulares, porém o mais moderno e equipado é o de Trauma, então a população praticamente só procura essa instituição que é referência, por atender todos os casos. Com relação ao problema das macas retidas mostradas no Fantástico, da Rede Globo, o médico Geraldo Medeiros admite que essa questão existe principalmente nos finais de semana, quando ocorre o maior número de acidentados de motocicletas, porém, o Estado precisa atender e socorrer as pessoas, por isso não há como não atender aos que chegam necessitando de atendimento. “O que é preciso e urgente é que o hospital de fato passe a funcionar para casos de urgência e emergência, somente assim exercerá sua missão específica”, acredita o gestor do maior hospital da Paraíba.

O hospital recebe pernambucanos de Santa Cruz de Capibaribe e outras cidades, de municípios das divisas da Paraíba com o Ceará e o Rio Grande do Norte, justamente por ser a maior referência em casos de alta e média complexidade.