Dilma Rousseff ouve pleito petista e decide dar apoio à taxação de grandes fortunas

A presidente Dilma Rousseff decidiu dar apoio à aprovação no Congresso da proposta que estabelece uma tributação maior para grandes fortunas. A pauta vem sendo encarada pelo governo como capaz de pavimentar o caminho de reaproximação da presidente com movimentos sociais e de agradar partidos de esquerda que integram a base governista.

Aliada à reforma administrativa, a taxação de grandes fortunas está entre os assuntos que o governo deve se aprofundar nos próximos dias. O corte de pastas carrega a simbologia de que o governo faz sua parte na contenção de gastos. Já a taxação dos mais ricos recupera a ideia de um governo voltado para os mais necessitados e preocupado em combater desigualdades.

Ao dar apoio a ideia da taxação, Dilma atende a demanda do movimento social ao oferecer, de acordo com integrantes do governo, uma contrapartida ao bom trato dispensado até agora aos banqueiros.

Dilma ainda atende a um conselho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, em maio deste ano, disse em um encontro com jovens que a presidente teria garantido a ele que mandaria um projeto de lei ao Congresso, a fim de taxar grandes fortunas.

O assunto foi tratado por Dilma em reunião com a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra da Casa Civil na quarta-feira (26). A senadora é relatora da Medida Provisória 675, que cria a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSL). Gleisi encomendou à consultoria do Senado um estudo sobre taxação das grandes fortunas, com o objetivo inclusive de desenhar o impacto da tributação e o próprio conceito de “grande fortuna”.

O estudo ainda elenca projetos existentes sobre o assunto que estabelecem a “Contribuição Social sobre Grandes Fortunas” e vinculam a receita desse imposto à área da saúde. As informações são do iG.