Deputado da PB investigado é destaque na votação das medidas contra a corrupção

O deputado federal paraibano Aguinaldo Ribeiro (PP) teve destaque nacional por seu voto contrário ao relatório de Onyx Lorenzoni (DEM-RS), nas 12 votações em separado das medidas de combate à corrupção. O parlamentar, que é alvo de investigações, além de ter votado de forma contrária, ainda orientou a votação de seu partido neste sentido, já que é o líder do partido. A informação foi divulgada pelo Jornal Extra.

O PP é a legenda com maior número de deputados investigados na Lava-Jato: 15.
De acordo com o Jornal Extra, 28 deputados que estão sendo investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento na Lava-Jato votaram em peso contra a matéria. A exclusão da figura do “reportante do bem” — que previa recompensa para quem denunciar casos de corrupção — contou com os votos de 24 desses parlamentares. Os outros quatro não votaram. Essa medida era a predileta do relator.

O quorum contra as ideias de Lorenzoni se manteve alto em outros pontos-chave da proposta: 21 foram favoráveis à criminalização de juízes e promotores por abuso de autoridade; 21 ajudaram a excluir do texto a criminalização do enriquecimento ilícito; 22 se manifestaram contra o confisco de bens provenientes da corrupção; e 21 se opuseram ao fortalecimento do Ministério Público nos acordos de leniência.

O relator tornou-se um opositor desses parlamentares desde que apoiou propostas dos procuradores da Lava-Jato e, na palavra de um deles, “deu as costas” para os colegas no debate sobre o assunto. Eles argumentam que sofrem pressões e que estão no noticiário desde março do ano passado, quando o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu inquérito para investigá-los.

Dos 28 deputados investigados na Lava-Jato, 17 votaram contra as quatro principais medidas derrotadas no plenário: a punição para magistrados e integrantes do Ministério Público; a criminalização do enriquecimento ilícito; o confisco de bens provenientes da corrupção; e o fortalecimento dos procuradores nos acordos de leniência.