O deputado federal Wellington Roberto (PR), votou a favor da abertura do processo contra o presidente Michel Temer (PMDB) e sofreu punição por isso. O deputado teve aliado afastado do Departamento Nacional de Trânsito (DNIT), mas afirmou estar tranquilo em relação isso, pois para ele o mais importante foi não ter se acovardado por medo de perder um cargo público.

“Eu não nasci com cargos e aprendi a viver sem eles. Prefiro não ser como outros que se acovardam ou vendem até a mãe para se segurar em postos passageiros”, ironizou.

O parlamentar ainda reafirmou que está na base do governador Ricardo Coutinho (PSB), e que João Azevêdo é um pré-candidato qualificado e caso ganhe as eleições, poderá manter os ritmos das obras e do desenvolvimento no Estado.

“João é muito qualificado e poderá tocar as obras em curso no Estado e manter o nível do desenvolvimento”, afirmou.

Votação da denúncia 

Seis deputados federais paraibanos votaram a favor do arquivamento da denúncia contra o presidente da República Michel Temer (PMDB). Outros cinco votaram contra o presidente. Já Wilson Filho (PTB) ‘bateu o pino’ e faltou a votação.

Os que votaram a favor do arquivamento foram: Rômulo Gouvêia, que é presidente do PSD na Paraíba, partido do ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab; Aguinaldo Ribeiro (PP), líder do governo na Câmara; Hugo Motta (PMDB); Efraim Filho (DEM); Benjamin Maranhão (SD); e André Amaral (PMDB).

Já os que votaram pela continuação das investigações contra Temer foram: Pedro Cunha Lima (PSDB), que votou a favor do impeachment de Dilma, processo que conduziu Temer ao Planalto; Wellington Roberto (PR), que justificou que estaria contrariando a indicação do partido, mas votaria de acordo com o clamor do povo paraibano; Damião Feliciano (PDT); Veneziano Vital Do Rêgo (PMDB); e Luiz Couto (PT), seguindo a tendência de sua ideologia política e partidária.

A Câmara aprovou na noite desta quarta-feira (2) o relatório da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), de autoria do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que recomendava a rejeição da denúncia da Procuradoria Geral da República por crime de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer.

No total, votaram 492 dos 513 deputados – 264 a favor do relatório, 227 contra e duas abstenções. Houve 19 ausências – com base no regimento da Câmara, o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) não votou.