Deputado cita elogio de Cássio a Temer para votar a favor do presidente na CCJ; assista

Frase do senador paraibano foi dita no dia 10 de março durante passagem do presidente a CG

O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) resolveu se inspirar no senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) para votar contrário ao relatório que recomendava o prosseguimento da denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PMDB-SP).

Na noite desta quinta-feira (13), com o voto de Marun e de mais 39 deputados, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara rejeitou o relatório do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), o que acabou beneficiando o presidente Michel Temer.

“Eu encerro as minhas palavras citando frase do senador Cássio Cunha Lima… Viva a Temer! Viva a Temer! Foram as palavras de Cássio Cunha Lima no dia 10 de março. Chega de hipocrisia! Chega de incoerência! Vamos agir com a verdade!”, disse Marun, para em seguida declarar seu voto contrário ao relatório de Zveiter que pedia o prosseguimento da denúncia da PGR contra Temer.

A frase citada por Marun foi dita por Cássio em discurso feito no dia 10 de março deste ano, durante a visita do presidente Michel Temer ao Complexo Aluízio Campos, no bairro do Ligeiro, em Campina Grande (PB).

“Ele estará escrevendo seu nome na história do Nordeste, na história de Campina Grande. Viva Michel Temer! Viva Michel Temer! Salve o dia 10 de março de 2017!”, discursou Cássio, que em seguida acompanhou o presidente da República até a cidade de Monteiro, onde foi inaugurado a obra do Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco.

Saiba mais sobre Marun

Considerado defensor ferrenho do governo Temer, Carlos Marun chegou a ser apontado pela imprensa nacional como um dos integrantes da chamada ‘tropa de choque’ do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-presidente da Câmara.

Nesta quinta-feira, a fim de garantir um voto pró-Temer, o PMDB colocou o deputado do Mato Grosso do Sul como membro titular na CCJ. Até então, ele era suplente.

Durante a votação do relatório de Sergio Zveiter na CCJ, Marun ocupou o lugar do deputado José Fogaça (RS), considerado independente, e que podia votar a favor do prosseguimento da investigação contra Temer.