Servir foie gras na cidade de São Paulo ou manter saleiros à vista nos restaurantes do Espírito Santo são atividades que agora rendem multas – com direito a protestos de chefs e donos de restaurantes.
Mas, acredite: existem outros ingredientes mundo afora que, por questões religiosas, sanitárias ou culturais, também podem render uma multa bem salgada – ou até mesmo alguns anos de cadeia. Quem imaginaria, por exemplo, que chiclete ou bacon são vistos como ameaças em outros países?
Confira abaixo a lista de alguns alimentos de aparência inocente para nós, mas potencialmente ilegais para os outros.
Carne vermelha
Bifes podem dar cadeia no estado de Maharashatra, na Índia. Isso porque as vacas são consideradas animais sagrados para os hindus e, por conta disso, uma lei proíbe seu abate na região. A posse de carne vermelha para venda ou exportação rende multa e, em casos mais graves, até cinco anos de prisão. Outros estados tem leis que restringem o abate de vacas ou limitam o comércio dos animais.
Bacon
Na Arábia Saudita, a posse de produtos com carne de porco é proibida por lei, mesmo que a pessoa não seja muçulmana. O país, regido pela lei islâmica, ordena que todos os alimentos que entrem no país sejam “halal”, ou seja, próprios para consumo de acordo com as regras religiosas – o que exclui itens como bacon, por exemplo. Os residentes encontram nos supermercados uma versão do ingrediente feita com vitela ou peru.
Chicletes
Chicletes podem parecer bem inocentes, mas em Singapura eles são caso de polícia: desde 1992, mascar goma em público rende multa de até R$ 1.200. A lei é parte de um esforço do governo para manter as ruas limpas – o argumento é que as pessoas colavam goma de mascar em todo lugar, sujando calçadas e praças. Até hoje, comprar chiclete é uma atividade complicada no país: só marcas “terapêuticas” são vendidas nas farmácias, mediante receita médica.
Baiacu
Conhecido pelos japoneses como “fugu”, a venda do peixe é proibida na União Européia e permitida nos Estados Unidos somente mediante licenças rigorosas. O motivo? O baiacu contém grandes quantidades de veneno e demanda cuidado especial para ser limpo – do contrário, pode ser fatal para quem come. No Japão, poucos chefs tem autorização para lidar com o alimento e vender “fugu” sem a devida licença pode render
multas salgadas.
Ketchup e maionese
Na França, comida é assunto muito sério – e para proteger a culinária tradicional, é proibido por lei servir ketchup ou maionese à vontade nas cantinas escolares. A lei que rege a alimentação escolar determina que o menu só deve conter estes condimentos se fizerem parte do prato a ser servido e ainda assim em pouca quantidade. O argumento das autoridades é que ketchup mascara o sabor verdadeiro dos alimentos.
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