Confira os 10 momentos inesquecíveis (ou não) da política paraibana em 2016

O ano nem terminou, mas a cena política paraibana sempre rende boas risadas nas rodas de conversas quando os agentes políticos resolvem ultrapassar o limite do bom senso. O Paraíba Já elencou os 10 momentos inesquecíveis (ou não) de 2016 que virou galhofa, motivo de vergonha alheia e combustível para as piadas de quem acompanha diariamente a política no nosso Estado.

10. Eliza e o dia municipal do piquenique

Desde que o mundo é mundo, viver em comunhão com a sociedade tem sido o grande lema. Pensando nisso, a vereadora Eliza Virgínia (PSDB) resolveu acrescentar (mais) um feriado no calendário municipal: o dia municipal do… PIQUENIQUE. Não, não é brincadeira. A vereadora de João Pessoa ficou tão emocionada com as reformas da Lagoa e da Praça da Independência que resolveu apresentar um projeto de Lei na Câmara para que as famílias pessoenses pudessem lanchar em plena luz do dia nas praças da Capital. Um projeto de lei, sem dúvidas importantíssimo e que reflete as necessidades das famílias da cidade.

Vamos nos confraternizar, crianças?

9. É trabalho que avançaaaa

Todos concordamos que para se avançar é preciso estipular metas. Para o prefeito Luciano Cartaxo foi possível reciclar promessas da campanha de 2012 (BRT, Beira Rio, calçamento de mais ruas, UPAs, construção de bases para Guarda Municipal, 13 mil habitações, funcionamento da Central de Hemodiálise) para a deste ano, usando a filosofia da ex-companheira Dilma Rousseff: Não vamos colocar meta. Vamos deixar a meta aberta, mas, quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta

Repitam  o que tio Odorico bradou ad infinitum…

 

8. O osso é meu e eu não largo

O vereador Durval Ferreira (PP) foi eleito mais uma vez (são tantos mandatos que até perdemos as contas). Presidente da Câmara Municipal de João Pessoa desde a época em que Neymar jogava no infantil do Santos, o parlamentar já anunciou que não larga o osso e quer ser eleito presidente de novo. É um cargo quase que vitalício. Durval é o mesmo presidente que engavetou a CPI da Lagoa, quando até a Justiça tinha sido favorável e ter determinado abertura dos trabalhos da comissão. Mas… voltando ao poderio de Durval, todos já sabemos que há uma grande probabilidade de mumificação dele na cadeira de presidente da Mesa Diretora. Até porque, poder é para quem pode, não para quem quer, não é mesmo?

Sim, amiguinhos, a cadeira é minha

7. Bolsomito em João Pessoa
Sabe quando você tem a certeza de que o mundo está virado de cabeça para baixo? Apesar de respeitarmos todas opiniões, editorialmente somos contra a personalidade políticas que pregam o machismo, a militarização do Estado… assim como Jair Bolsonaro. Em sua vinda meteórica à João Pessoa, o deputado carioca foi recebido no aeroporto ovacionado, ao som de pessoas chamando-o de “mito”, “nosso mito”.

Sem mais

6. Foi, sem dúvidas, um momento paroxístico
Como esquecer o discurso do deputado federal e ex-cabeludo Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) na votação de admissão do processo de impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff (PT). Foi profundo, foi um dos momentos mais orgásticos para os linguistas da nossa república, foi simplesmente paroxístico e que rendeu até comentário da Ana Maria Braga.

Nossa reação

5. Vandalismo de tinta guache
A Prefeitura de João Pessoa não ficou satisfeita que um grupo de mulheres ter feito um protesto contra a cultura do estupro no mais badalado e grandioso monumento implantado pela gestão Cartaxo I: a escultura EU Jampa. Acontece que elas pintaram o letreiro, que ninguém sabe o quanto custou aos cofres públicos, com tinta guache, com mensagens de luta por direitos e respeito de gênero. Mas a PMJP classificou as pinturas laváveis a água como maior depredação do patrimônio público, vandalismo. Sem dúvidas, comparado às pichações dos prédios do Centro Histórico, de fato as pinturas de tinta guache na orla foram muito ofensivas. #sqn

Não sei, só que foi assim, miga

4. Vou ser prefeito, vou ser prefeito… NÃO! PERA! VOU SER VICE
Por mais que Manoel Júnior fizesse força através do pensamento querendo dizer para si mesmo que seria candidato a prefeito de João Pessoa e ainda ter conseguido rachar todo o PMDB, resultando em perdas significativas nos quadros do partido, ele renunciou seu sonho mais acalentado: ser avaliado nas urnas e se tornar prefeito da Capital. Mas o cabra que tinha maior voz ativa/protagonista contra a gestão do prefeito Luciano Cartaxo e de muitas convicções firmes apenas conseguiu ser, pela segunda vez, vice-menosqueumcoadjuvante-prefeito de, pasmem queridos leitores, Luciano Cartaxo. Sim, Luciano, o mesmo que na pré-campanha era tachado por Manoel como incompetente, lerdo e cobrando uma certa taxa Z, se tornou na campanha o melhor prefeito do mundo. Ao menos, a venda de óleo de peroba aumentou desde a sua renúncia… De quebra, ainda teve que ouvir do seu best friend Cunha que é o maior arregão, ops, covarde da política da Paraíba.

Bata mais o pé, filho

3. Cartaxo 2 em 1
Se tem uma coisa que pode ter garantido a reeleição do prefeito Luciano Cartaxo foi o fato de estar em dois lugares ao mesmo tempo. Ao menos, em algumas atividades de campanha em que a assessoria divulgava que Luciano faria caminhada em algumas comunidades, como na Tito Silva, quem iria de verdade era o irmão Lucélio. Mas a informação não ficava muito clara sobre a identidade do irmão gêmeo do superbacana prefeito do Novo Parque da Lagoa.

Sério, querido?

2. Renato Martins e a emoção
Ai, deusinho, o vereador com certeza entrou na galeria dos inconformados com a decisão das urnas nestas eleições. Ao não conquistar a reeleição, ele muito bravo fez várias ilações contra pessoas do próprio partido. Depois da repercussão, o vereador voltou a reiterar no Facebook as declarações e adiantou que estaria preparado para o debate. Mas não foi o que aconteceu. Ontem, o vereador, em discurso na Câmara de João Pessoa, justificou que foi tomado pela emoção da derrota… Sim, “a derrota emociona” e que teria reproduzido fofocas das ruas. É, sem dúvida, a maior “bateção” de pino de 2016.

Oh, baby, não chore… na próxima você tenta de novo, tá?

1. Cássio e o comício no Viaduto do Geisel
Para tudo: como assim? Mas parece que é isso mesmo. Depois de ser apontado por muitos por ter sido o responsável de ter feito a cabeça do ministro Bruno Araújo, que é um deputado do PSDB, para que fossem bloqueados os quase R$ 18 milhões de recursos federais destinados às obras do Viaduto do Geisel, Cássio e o presidente de seu partido na Paraíba resolveu inovar. Recentemente ele anunciou que o vai trazer o ministro tucano para fazer um tour pela obra, que até agora tem sido executada apenas com recursos próprios do tesouro estadual, gerido por ninguém mais, ninguém menos que seu inimigo mais odiado, o governador Ricardo Coutinho. Talvez, até o próprio Cássio sinta orgulho do trabalho do mago…

Vamos aguardar