Conde: perdura a mudança cultural da política enfrentando o atraso histórico

Li, gostei e decidi compartilhar esse belo artigo publicado neste sábado (7) pelo amigo e jornalista Walter Santos em seu conceituado blog no WSCOM.

Sintetiza basicamente meu posicionamento a respeito do atual momento vivido pelo Conde.

Abaixo e, em itálico, segue a lúcida avaliação de Walter:

O município do Conde, no Litoral Sul da Paraíba, é das cidades próximas da Capital João Pessoa a que convive com aspectos contraditórios amplificados: tem beleza natural incomum, mas nunca havia tido um cuidado público eficiente; atrai a expectativa do turismo pujante versus descuido com a infraestrutura básica; convive com uma população multi-racial, então sem política inclusiva dos mais pobres.

Se esse conjunto de fatores fosse pouco, o Conde reúne o que pode ser atestado como a pior herança da velha política sem compromisso nenhum com a competência, gestão transparente e a práxis política de cada um exercer seu papel com decência – seja o Executivo, seja o Legislativo.

MÁRCIA INOVA, MAS ENFRENTA A IRA

Ao longo dos anos, a cultura política predominante no Conde sempre foi da imposição da elite formada por famílias tradicionais e uma maneira generalizada de impor de cima para baixo o que os coronéis determinavam. Desobedecer, o pau cantava, a perseguição se estabelecia.

Esse “status quo” foi interrompido – tomara de vez – com a nova fase inaugurada pela professora Márcia Lucena, sucessora dos ensinamentos pedagógicos de seus pais, Iracema e Iveraldo Lucena, sem contar irmãos dessa gente educativa e seu companheiro, renomado ator Nanego Lira.

A ira dos líderes de herança do atraso se fez manifestar por atores políticos, como o vice-prefeito Themístocles Filho, ao se afastar da prefeita e se envolver com a Oposição, simplesmente porque ela estabeleceu modus de atuar na Prefeitura para levar políticas públicas a todos sem corrupção.

ISSO MESMO, TUDO ESTAVA PODRE

A estrutura de Poder na Prefeitura do Conde servia a uma estrutura corrupta na qual havia vazamento de dinheiro público por todos os lados, parte dele há quem ateste ter sido comandado por alguns vereadores em sintonia com o Executivo.

Era muita grana desviada.

O “mal” de Márcia, dever constitucional de quem zela pelo bem público, foi estancar e impedir a Cultura dos desvios públicos daí a revolta de parte da classe política ameaçada porque o dinheiro desviada está empoderando os mais pobres, negros, brancos, descendentes de índios, que não sabiam o que era cidadania.

Márcia não fez nada mais do que se exige da Classe Política tomada por corruptos.

É esta a essência a exigir dos Poderes Maiores – Ministério Público, Tribunal de Justiça e Secretaria de Segurança – o aporte de políticas preventivas mas de apoio sistemático para que a prefeita possa complementar as medidas Republicanas e Pedagógicas que clamam para fazer do Conde uma cidade forjada pela decência da Política.

Márcia precisa avançar com simplicidade, apenas consolidando políticas para todos, sem exceção, sobretudo os mais humildes.

O Conde e a Paraíba agradecem.