Com o abandono da PMJP, mercado público ‘oferta’ lixo e até zica no bairro dos Ipês

Mau cheiro, lixo por todo lado, abandono, falta de estrutura e risco à saúde pública. Estes são alguns dos problemas enfrentados diariamente pelos comerciantes e populares que frequentam o mercado público do bairro do Ipês.

A impressão que se tem, ao percorrer as ruas estreitas, onde é preciso desviar dos boxes, da sujeira e das poças de lama do local, é que tudo é feito no improviso. A fiação que leva energia aos boxes são expostas e comerciantes ocupam as calçadas, para se proteger das chuvas, usam lonas amarradas por barbates nas paredes.

Darcicleide Araújo, 33, há 20 anos trabalha no mercado e afirma que nunca viu tanto descaso com o local como está vendo agora. Ela tem um banco de verduras, na calçada do mercado e usa o improviso para poder trabalhar, principalmente em dias de chuva.

“O mercado está entregue às baratas. Muita sujeira. Graças a Deus que ajeitaram o banheiro das mulheres, pois estava um caso sério. Idosos tinha que subir no outro banheiro para poder fazer suas necessidades. Mas fora isso, está entregue às baratas, tudo é feito no improviso. Dias de chuva é um descaso, uma lamaceira só, para trabalhar precisamos colocar as lonas para nos molhar e não molhar os clientes”, reclamou.

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Mas, alguns dos maiores problemas está nos fundos do mercado. O primeiro é o lixo. Quem chega pelo mercado, pela parte dos fundo depara com dois coletores de lixo, em que são colocados os resíduos retirados do mercado, duas vezes ao dia pela equipe da Emlur. Porém, os comerciantes reclamam que o lixo só é coletado a cada três dias. Com isso,  ocasiona o mau cheiro, quase insuportável e atrai insetos para o local.

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O comerciante Luiz de Souza, 44 anos, tem um box, onde vende roupas nos mercado, há mais de 10 anos e relatou o descaso e a falta de higiene que ele presencia todo dia no local.

“Quando eles vêm retirar os dois coletores, já tem outros dois cheios. Resto de galinha, peixe e osso são jogados nos coletores, por isso a podridão. Os boxes aqui atrás são abandonados por que quem é que vai querer trabalhar em uma área sebosa dessa?”, questionou.

O segundo e mais grave dos problemas, é o acumulo de lixo próximo a um criadouro de galinhas nos fundos do mercado. Lá são jogados restos de materiais de construção. No local, as larvas dos mosquitos da dengue davam sinal de vida, nas águas paradas em um vaso sanitário, pneus e garrafas que foram jogados no local.

Maria da Guia, tem 38 anos e está grávida de cinco meses. Ela trabalha no galinheiro do mercado, e com um tom de voz revoltado, afirmou não aguentar mais esperar por providências. Maria resolve os problemas com as próprias mãos.

“Colocamos uma placa aqui nesse lixo “vende-se Zika”. A gente conseguiu tirar esse lixo, mais depois de um mês, começaram a colocar lixo de novo e isso prejudica quem vive aqui no mercado. Eu estou grávida e já peguei Zika e tem muitos moradores aqui que também estão doentes por causa do lixo. Eu quem tiro o lixo aqui no final de semana, porque não aguento”, relatou.

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O pré-candidato a vereador pelo PPS e líder comunitário do  bairro dos Ipês, Mauricio Renato Albuquerque, denunciou o descaso com o mercado público e afirmou que, após os festejos juninos, irá junto com os comerciantes fazer uma manifestação nas proximidades do mercado, para cobrar melhorias das autoridades.

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