Cobranças e baixa área de cobertura são as principais reclamações em CPI da Telefonia

A deputada estadual e vice-presidente da CPI da Telefonia Móvel da Assembleia Legislativa da Paraíba, Camila Toscano (PSDB), revelou nesta sexta-feira (19), que as maiores reclamações feitas durante as audiências da Comissão nos municípios paraibanos são relacionadas a cobranças indevidas e baixa área de cobertura por parte das operadoras. Esta semana, a CPI esteve nos municípios de São Bento e Pombal, Sertão paraibano.

“Estamos apenas constatando algo que já ouvíamos nas ruas e que até mesmo constatamos pessoalmente como usuários. Esta semana a CPI viajou ao Sertão e percebeu que o problema não acontece apenas na Capital ou em grandes cidades. O paraibano como um todo sofre com a falta de compromisso das operadoras de telefonia móvel”, revelou a deputada.

Os deputados integrantes da Comissão estiveram na última quinta-feira (18) no município de São Bento, durante uma reunião na Câmara de Vereadores. Lá, tanto a deputada como o presidente João Gonçalves (PSD) e os deputados Janduhy Carneiro (PTN) e Galego Sousa (PP), ouviram da população e dos vereadores os problemas enfrentados.

“Ouvimos seis depoimentos fortes, entre eles um que nos chamou mais atenção. Os moradores de São Bento, por exemplo, são prejudicados porque a torre de telefonia é instalada no Rio Grande do Norte e consequentemente, eles têm que pagar o deslocamento ao atenderem o celular. Mais um dos absurdos que estamos constatando com as reuniões da CPI”, destacou Camila Toscano.

Em Pombal, a reunião aconteceu na manhã desta sexta-feira (19) e foi aberta pela deputada que assumiu a presidência dos trabalhos até a chegada do presidente João Gonçalves. Segundo Camila, os depoimentos também trataram da falta de cobertura e de cobranças abusivas. “Aqui ouvimos três depoimentos que vão constar no nosso relatório que está sendo elaborado pelo deputado Bosco Carneiro. É impressionante como, a cada reunião que realizamos, percebemos o descaso das operadoras com o nosso povo”, disse.

Segundo Camila Toscano, a CPI irá suspender as atividades durante os próximos 15 dias por conta do recesso parlamentar na Assembleia Legislativa, mas retorna em seguida com novas reuniões e convocações das empresas de telefonia para se explicarem sobre o atendimento aos paraibanos. O prazo para o fim da CPI é no final de agosto, mas pode ser prorrogado pelo presidente João Gonçalves.