Cientista político diz que mandatos na CMJP são “medíocres” e apenas 4 se salvam

O cientista político Jaldes Meneses, em entrevista ao Paraíba Já, na manhã desta sexta-feira (01) avaliou a eleição deste ano e a atuação parlamentar na Câmara de João Pessoa (CMJP). Ele ainda evidencia que a disputa para a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), mesmo com uma variedade de pré-candidatos, será concentrada entre João Azevedo (PSB) e Luciano Cartaxo (PSD).

De acordo com Jaldes, a CMJP em sua maioria é composta por mandatos “medíocres”, apenas quatro dos 27 vereadores possuem um mandato bem avaliado, entre os quatro citados estão Renato Martins (PSB), Raoni Mendes (PTB), Lucas de Brito (DEM) e Bruno Farias (PPS).

“Vai terminar a legislatura este ano e eles estarão em reeleição, tirando três ou quatro vereadores a CMJP é medíocre. Fora Renato, Raoni, Lucas e Bruno que são vereadores onde o mandato é discutido diante de ideias, pautam coisas importantes, o resto é mediocridade. E o perfil geral é muito conservador”, disse.

Ele ainda destaca que a Casa é conduzida pelo discurso do prefeito Luciano Cartaxo (PSD), mas indica que a bancada governista pode sofrer redução já nos primeiros meses do próximo ano.

“A Casa é praticamente governista, atada pelas mensagens do prefeito, não levanta discussões sobre a cidade, claro que há as exceções. A CMJP é muito fragmentada por partidos, são diversos, então a aglutinação em termos da bancada do prefeito ás vezes não é nem que o vereador foi eleito pela chapa, pode ser eleito por uma chapa de oposição e depois que o prefeito se reeleja seja situação. É também possível que já no primeiro semestre a bancada da situação tenha redução”, declarou.

Ao ser questionado sobre quais vereadores poderiam retornar, ele afirma que poderão haver surpresas até em relação ao presidente da Casa, vereador Durval Ferreira (PP), que mantem um mandato há sete anos consecutivos. E evidenciou que o vereador Fuba (PT), depois do desligamento de Cartaxo, enfrentará dificuldades, mas acredita que ele retornará.

“Eleição de vereador é mais difícil de todas por ser um voto pulverizado, vereador está muito próximo a população nos bairros, aqueles que não aparecem na tribuna certamente podem voltar porque tem votação em seus redutos eleitorais. O Fuba tem chances de se reeleger dependendo das coligações que o partido faça, tanto na proporcional como na majoritária, ele se elegeu apoiando Cartaxo, depois saiu da base da gestão, ele não apareceu muito então pode haver dificuldades, mas em geral acredito que ele consegue a reeleição. E outra a CMJP elegeu alguns personagens como voto de protesto, como o Santino – vereador Santino Feliciano – que não demonstrou bom desempenho ao longo desses três anos, provavelmente ele não voltará, será difícil repetir isso, foi um anti-voto. Relembrando o Toinho – ex deputado estadual Toinho do Sopão – que não foi reeleito. O próprio presidente – vereador Durval Ferreira – está há muito tempo no cargo, mas poderá haver renovação no próximo ano”, comentou.

Jaldes ainda ressalta que no próximo ano a prioridade dos vereadores será o empenho na reeleição, e a disputa no cargo majoritário será centralizada entre o candidato socialista João Azevedo e o candidato pessedista Luciano Cartaxo. “A eleição será prioridade, a campanha é no segundo semestre mas já no primeiro a pauta será eleição para os novos candidatos e reeleição para os que estão na Casa. A eleição será polarizada entre Cartaxo e João, apesar de ter diversos pré-candidatos a prefeito”, concluiu.