Célio Alves diz que aliado de Cássio não tem legitimidade para apontar erros de RC

O secretário executivo de Comunicação do Estado, Célio Alves, rebateu as críticas direcionadas ao governador Ricardo Coutinho (PSB) feitas pelo deputado de oposição Dinaldinho Wanderley (PSDB), que fez declarações que Ricardo usou o ato “ A Paraíba pela democracia: Golpe Nunca Mais”, para se promover.

Durante entrevista a Rádio Arapuan, Dinaldinho afirmou que o governador fez mau uso da máquina pública, utilizando espaços do jornal A União e da rádio Tabajara para publica sobre o ato realizado na última terça-feira. “A capa do jornal A União é um absurdo. Tanto o jornal quanto a rádio são bens públicos e não podem ser usados para servir interesses pessoais do governador”, declarou o aliado do senador Cássio Cunha Lima (PSDB).

Diante das declarações, Célio pediu para  que o deputado tivesse mais coerência antes de apontar supostos erros das publicações da imprensa oficial ou de mau uso da máquina pública pelo governador.

“O deputado precisa fazer uma distinção entre o que é a defesa do estado democrático de direito, e o que é uma promoção pessoal. A Rádio Tabajara e o Jornal A União como veículos de comunicação públicos tem mais do que uma necessidade, mas um dever de estar acompanhando, cobrindo eventos como este. O feio seria se esses veículos estivesse a defender, por exemplo, como a ditadura, na contramão da soberania do voto popular. Um governador do Estado tem a coragem de fazer este debate, como Ricardo Coutinho vem fazendo, não se acovardar, não se omitir como a grande maioria faz ou adere ao discurso da maioria de circunstância. Ele não pode ser acusado de querer se promover, muito pelo contrário, ele está promovendo o debate mesmo sabendo que o governo federal tem baixa popularidade. Mas defesa que ele faz não é ao governo federal, e sim a democracia, é da conquista que nós tivemos a duras penas, para que nós tivéssemos hoje a liberdade, inclusive, de o deputado Dinaldinho dizer um delírio desse”, disse.

Para Célio Alves, Dinaldinho não tem legitimidade para censurar o governador, já que o pai dele, o ex-prefeito de Patos Dinaldo Wanderley, tem processos no Ministério Público Federal (MPF), pela sua administração na cidade no tempo que ele foi prefeito.

“Considerando que ele é produto de uma família que tem o pai dele, o ex-prefeito Dinaldo Wanderley, por quem eu tenho estima pessoal, como a referência política, é de se dizer que ele não tem tamanha legitimidade ou autoridade para discutir. Porque se formos falar de processo e irregularidade, com toda certeza não deixaremos de fora o ex-prefeito, o pai dele, que é o inspirador político dele. As condenações são noticiadas pela imprensa vez por outra e os processos movidos pelo Ministério Publico Federal, é tudo decorrente da época que ele governou a cidade de Patos. É preciso que quando se quiser apontar uma eventual argueiro no olho de alguém tirar logo a trava que tem no próprio olho”, criticou.