O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que é o relator do inquérito que investiga o vice-presidente do Senado Cássio Cunha Lima (PSDB) de ter recebido R$ 800 mil de propina da Odebrecht, deferiu o pedido da Prouradoria-Geral da República (PGR) pela prorrogação das investigações por mais dois meses. A justificativa é de que ainda falta os interrogatórios do senador paraibano e de mais dois envolvidos no caso.

Gilmar Mendes ainda solicitou para que o Senado Federal encaminhasse a relação dos servidores ativos e comissionados que estão à disposição do gabinete de Cássio Cunha Lima para a PGR.

Cunha Lima é investigado no inquérito 4.386, do Ministério Público Federal, por ter supostamente recebido R$ 800 mil em propina da Odebrecht, durante a campanha eleitoral para governador da Paraíba no ano de 2014.

Entenda

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) ia dar de bandeja a Cagepa para a Odebrecht. Essa foi a revelação que o vídeo do depoimento de Fernando Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental, que serviu para a abertura de inquérito contra o senador paraibano Cássio Cunha Lima.

No depoimento, Fernando confirma que a empresa tinha interesse em desenvolver uma parceria público-privada para a área de saneamento e foi procurada por Cássio para demonstrar que tinha interesse em desenvolver o projeto e pediu uma contribuição de R$ 800 mil, através de caixa 2, para sua campanha de 2014.

“No decorrer da campanha de 2014, um diretor nosso, Alexandre Barradas, foi procurado pelo senador Cassio Cunha Lima, que era candidato a voltar ao governo da Paraíba”, relatou. Ainda segundo Reis, o codinome de Cunha Lima no departamento de propinas da Odebrecht era “Prosador”.