Após depoimentos dos secretários da gestão da Prefeitura de João Pessoa (PMJP), Cássio Andrade (Infraestrutura) e Zennedy Bezerra (ex-Planejamento e atual Articulação Política) ao procurador da República Yordan Delgado, responsável pelo inquérito civil que investiga desvio de recursos na obra de revitalização do Parque Solon de Lucena (Lagoa), o Ministério Público Federal da Paraíba (MPF) solicitou da Controladoria Geral da União (CGU) um auditor para avaliar a defesa apresentada pela prefeitura. Mais ainda: solicitou também cópias das diligências realizadas até então no inquérito criminal, executado pela Polícia Federal.
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Yordan enviou os ofícios para o chefe da CGU na Paraíba, Gabriel Wright, e para o delegado federal que está responsável pelo inquérito criminal que apura o Caso da Lagoa, José Juvêncio de Almeida Neto, no último dia 5 de outubro deste ano.
Da solicitação feita ao delegado da Polícia Federal, também foi pedido a lista de diligências que estão em execução.
Em novembro de 2015, a CGU divulgou relatório técnico das auditorias de obras e programas executados nos municípios paraibanos. Especificamente sobre a obra de revitalização da Lagoa, orçada em aproximadamente, R$ 40 milhões, sendo 98% dos recursos do governo federal, o órgão conclui que foram desviados R$ 10 milhões nas etapas de desassoreamento e construção do túnel.
Em contrapartida, a PMJP divulgou, à época, que foram retiradas mais de 200 mil toneladas de lixo do principal cartão postal do Centro da Capital. Com a retirada desse material, a prefeitura alega que a profundidade da Lagoa seria algo em torno de 3,5 metros. Mas, não foi isso que a população percebeu esta semana, quando um homem caminhou até o centro da Lagoa e não afundou.