Coincidência, destino ou os ventos soprando a favor, não se sabe. Porém, no dia oito de junho o prefeito Luciano Cartaxo (PSD), recebeu um ofício da Caixa Econômica Federal (CEF), solicitando, por determinação do Ministério das Cidades, o ressarcimento por parte da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), de R$ 6,4 milhões dos investimentos feitos na obra da Lagoa. Um mês após, depois de reunião com o vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior (PMDB), o ministro da cidade resolveu suspender a cobrança.
O ‘perdão’ da dívida se deu, coincidentemente, após Manoel Júnior, junto com o secretário de Infraestrutura, Cássio Andrade, se reuniram com o ministro das Cidades, Bruno Araújo, no dia 13 de junho, para solicitar investimentos nas áreas de Infraestrutura e mobilidade urbana, da Capital.
Depois do encontro em Brasília, os ventos começaram a sopraram a favor de Manoel, Cartaxo e Cássio. Pois, o ministro Bruno Araújo, não apenas garantiu que daria prioridade a liberação da emenda de R$ 140 milhões, como, também resolveu suspender o ressarcimento dos recursos, solicitados por ele e pela Caixa, a Cartaxo.
Nota
A Caixa Econômica Federal emitiu nota nesta terça-feira (5) ratificando que já iniciou os procedimentos necessários para que a gestão do prefeito Luciano Cartaxo (PSD) devolva os recursos da obra da Lagoa e ameaça ir até o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) caso necessário.
A Caixa, inclusive, já enviou ofício à Prefeitura de João Pessoa solicitando a devolução dos R$ 6,4 milhões que seria o valor desviado da obra do Parque da Lagoa e investigada pela Polícia Federal através da Operação Irerês.
Essa informação foi revelada no início da semana pelo apresentador Fabiano Gomes, da Arapuan FM, que ainda destacou que Cartaxo teria colocado o vice-prefeito Manoel Junior (PSDB) para cuidar do assunto junto ao Governo Federal, mas ao que parece não obteve êxito.
A revelação deste ofício da Caixa solicitando a devolução de valores supostamente desviados ocorre dias após o Paraíba Já revelar que a Controladoria-Geral da União (CGU) é contundente ao apontar que a Gerência Executiva de Governo da Caixa Econômica Federal (Gigov) beneficiou diretamente os interesses da Prefeitura de João Pessoa (PMJP) e a empresa Compecc, responsável pela execução das obras de revitalização e requalificação do Parque Solon de Lucena, a Lagoa.
Confira abaixo a nota da Caixa.
Com relação às recomendações emitidas no Ofício do Ministério das Cidades (nº 16/2017/GSI/DDCOT/SNSA), a Caixa Econômica Federal informa que iniciou os procedimentos necessários para que a devolução dos recursos e o cumprimento dos apontamentos do ofício sejam realizados dentro do prazo estabelecido.
A CAIXA esclarece que a prefeitura de João Pessoa já foi notificada sobre a devolução dos recursos, sob pena de instauração de processo no Tribunal de Contas do Estado.
Assessoria de Imprensa da CAIXA