Cartaxo visita obras da Lagoa e destaca método não destrutivo usado no túnel

Quem passa diariamente pelo Parque Solon de Lucena ou trafega pelas avenidas Padre Meira e Guedes Pereira nem imagina que uma grande obra de engenharia está ocorrendo no subsolo, a vários metros de profundidade. Trata-se do túnel que está sendo construído pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) para escoar o excedente de águas da Lagoa, obras que foram visitadas nesta segunda-feira (12) pelo prefeito Luciano Cartaxo.

O túnel linear, com dois metros de diâmetro, está com 376 metros de extensão, do total de 684 metros que terá após a conclusão da obra. Ele começa no anel interno da Lagoa e, quando concluído, se estenderá até a Praça Pedro Américo, nas imediações do Paço Municipal, onde será integrado ao sistema de drenagem já existente, ligado ao Rio Sanhauá.

“O grande mérito da obra, durante a sua execução, é que ela não interfere na vida das pessoas. O método não destrutivo permite que não haja interdições de trânsito ou qualquer transtorno para o cidadão”, pontuou o prefeito Luciano Cartaxo, lembrando que a requalificação do Parque Solon de Lucena, com todas as suas etapas, é a primeira de grande em 100 anos no local.

A primeira etapa da obra foi à construção de um poço de visitas vertical, localizado na Avenida Padre Meira, entrada para o anel interno da Lagoa. O poço, que possui oito metros de profundidade, dá acesso ao túnel, que possui dois metros de diâmetro, espaço suficiente para que homens e máquinas possam transitar com segurança. A tubulação é montada à medida que ocorrem as escavações.

Anel Sanitário

Ao mesmo tempo em que está sendo construído o túnel, avançam também as obras para a construção do anel sanitário, que vai impedir o despejo de esgotos no interior da Lagoa. A estrutura, que circula todo o reservatório, contará após o seu término com uma extensão de 1.200 metros, dos quais 900 já foram construídos.

Ao todo, a obra já está 75% pronta. “Este anel vai interceptar esgotos clandestinos eventualmente lançados nas galerias pluviais e lançá-los na rede coletora de esgotos da Cagepa, evitando a contaminação da Lagoa”, explicou o secretário de Infraestrutura, Cássio Andrade, lembrando que, com isso, teremos um espelho d’água livre de poluição.

Desassoreamento

A primeira etapa dos trabalhos no Parque Solon de Lucena, o desassoreamento da Lagoa, já foi finalizada. No total, foram retiradas 219,8 mil toneladas de resíduos sólidos, o que aumentou para 3,8 metros a profundidade do reservatório. Em alguns pontos, essa profundidade chega a ser maior. O trabalho incluiu o uso de uma balsa, o que possibilitou a atividade da draga em toda a área da Lagoa. Todo o material retirado foi direcionado para o uso em aterros sanitários.