Cartaxo reclama da oposição e diz que “criticar não é papel de vereador”

Em entrevista em uma rádio local nesta terça-feira (4), ele não poupou críticas à atuação dos parlamentares

O prefeito Luciano Cartaxo (PSD) não parece estar gostando nem um pouco do trabalho dos vereadores da oposição em denunciar descasos da sua gestão. Em entrevista em uma rádio local nesta terça-feira (4), ele reclamou da atuação dos parlamentares e disse que “criticar não é papel de vereador”.

“Você acordar para ir procurar problemas, não precisa nem sair de casa
porque problema a gente começa a ter dentro de casa”, ressaltou.

Cartaxo disse ainda que o “político hoje tem que ter projeto, propostas, e
não ficar apontado problemas. Somente isso não é mandato de vereador”, salientou.

O desabafo do prefeito reflete os noticiários da Capital nos últimos dias, onde os vereadores que fazem oposição a Cartaxo denunciaram um esquema de tráfico de influência na liberação de recursos na obra da Lagoa, com o envolvimento da engenheira Luciana Torres Maroja Santos, esposa do secretário de Infraestrutura de João Pessoa, Cássio Andrade, nos processos burocráticos para autorização de disponibilidade de recursos para a obra de revitalização da Lagoa.

Além disso, peritos criminais da Polícia Federal constataram que foi utilizada empresa fantasma para certificação técnica de engenharia à Compecc, empresa responsável pelo desassoreamento, demolição de muro, construção de galeria e túnel que compuseram toda a reforma do Parque Solon de Lucena, a Lagoa.

Também apontam irregularidades em todo o processo de licitação, que transcorreu entre 2013 e 2014, realizado pela Secretaria de Planejamento (Seplan) de João Pessoa, assim como superfaturamento de 65% da construção do dique, no Aterro Sanitário Metropolitano, que receberia as 200 mil toneladas de resíduos sólidos extraídas da Lagoa.

PSF

A oposição também tem feito visitas a postos de saúde da Capital e viram de perto a situação caótica em diversos locais, como no posto de Água Fria. Lá, os parlamentares encontraram falta de medicamentos, goteiras e infiltrações