Auxiliar de Cartaxo defende manutenção de sigilo da Operação Irerês

O secretário de Infraestrutura de João Pessoa (Seinfra), Cássio Andrade, se pronunciou sobre as investigações realizadas pela Policia Federal (PF), através da Operação Irerês. Para Cássio as apurações da PF precisam continuar em sigilo.
“Se a investigação está em sigilo é porque a Polícia Federal entende que se abrir pode prejudicar o andamento das investigações. É bom que a operação se mantenha em sigilo para sabermos que a investigação é imparcial”, ressaltou.

Contradições 

Diferente da nota da PMJP divulgada na última sexta-feira (8), quando foi deflagrada a Operação Irerês, o secretário de infraestrutura da Prefeitura de João Pessoa, Cássio Andrade, admitiu, em programa de rádio, que a PMJP está sendo investigada pela Polícia Federal.

O auxiliar do prefeito Luciano Cartaxo (PSD) disse na entrevista que a Polícia Federal fez apuração, que a Prefeitura de João Pessoa está acompanhando, inclusive acompanhou estudos técnicos de medição feita pela PF.

Para o vereador Bruno Farias é estranho o secretário apresentar um discurso totalmente diferente do que a PMJP divulgou. “O primeiro discurso era que a Caixa fiscalizava as obras e que por causa dessa fiscalização era isenta e atestava a regularidade da agora. Só que ele tá afirmando que a Caixa não fiscaliza nada. O segundo discurso é que a PF não investigava a PMJP. Ele disse que a PF tá investigando, sim, a prefeitura”, atestou.

Toneladas

O parlamentar destaca também que que o secretário Cássio Andrade não tem como afirmar se foram ou não retiradas 200 mil toneladas de lixo da Lagoa, já que não estava presente no dia-a-dia na obra da Lagoa.

Defesa

Para defender esposa, cunhada, concunhado da acusação de tráfico de influência que envolve Caixa Econômica, Prefeitura de João Pessoa e a empresa Compecc, o secretário de Infraestrutura, Cássio Andrade, desmontou o único documento que tinha para se defender do relatório da Controladoria Geral da União (CGU). A fiscalização da CGU constatou um desvio de mais de R$ 10 milhões nas obras de reforma do Parque Solon de Lucena (Lagoa).

De acordo com Cássio, durante entrevista a uma rádio local, na tarde desta quinta-feira (08), ele admitiu que o ofício da Gerência de Governo (Gigov) da Caixa não tinha poder fiscalizador. “A minha esposa trabalha na Caixa e começou sua carreira em Fortaleza, é engenheira, e aqui em João Pessoa ela apenas supervisiona a equipe (do Gigov), até porque, a Caixa não tem poder fiscalizador”, declarou.