Ato em JP demonstrou que a sociedade não permitirá o golpe sem reagir, diz deputada

A deputada estadual Estela Bezerra (PSB) disse que o ato em defesa da democracia realizado em João Pessoa foi uma demonstração de que parte da sociedade brasileira está disposta a reagir a tentativa de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

“Isso é uma demonstração não só de resistência, mas uma ação propositiva da sociedade brasileira de não permitir que esse cenário de golpe, que esse cenário de crise das instituições brasileiras e a iminência de rasgar a Constituição não vai ter a permissão de parte da sociedade”, disse a deputada do PSB.

“Nós estamos aqui para demonstrar que a democracia, que custou tantas vidas, e que as conquistas sociais que nós acabamos de obter nos últimos 10, 12 anos, elas não vão sofrer retrocesso por conta de um pequeno grupo que não ganhou a eleição na urna e que está manipulando como os seus instrumentos políticos”, acrescentou a deputada.

O ato em defesa contra o de impeachment de Dilma foi realizado na tarde desta sexta-feira (18)  e contou com a participação de 30 mil pessoas, segundo a organização. A Polícia Militar estima 20 mil. O grupo se reuniu no Lyceu Paraibano, no Centro da cidade.

A concentração do ato começou por volta das 14h e as pessoas presentes vestiram principalmente roupas vermelhas. Eles levaram faixas e bandeiras do Brasil, de partidos políticos e de movimentos sociais para se posicionarem a favor da democracia. O protesto contou com carro de som e interditou a Avenida Getúlio Vargas.

Por volta das 16h40, os manifestantes saíram em caminhada pela Lagoa do Parque Solon de Lucena, em direção à Praça dos Três Poderes e, em seguida, para o Ponto de Cem Réis, onde chegaram por volta das 18h30. O protesto foi pacífico e não foram registrados incidentes.

Manifestantes de outras cidades chegaram de ônibus para se juntar ao ato público. “Mais de quarenta cidades de todo o Estado vieram protestar a favor da democracia, contra o golpe. O juiz Moro é um juiz fora da lei”, disse Marcos Freitas, um dos organizadores do protesto.