Eliza diz que se sentiria “à vontadíssima” de dividir espaço com Renan Palmeira na CMJP

A vereadora Eliza Virgínia (PSDB) rebateu as críticas do pré-candidato a vereador de João Pessoa Renan Palmeira (PSOL) quanto a aprovação de projetos de sua autoria no que tange ao beneficiamento de igrejas que não precisam pagar por IPTU, caso os locais sejam alugados.

“A Câmara é composta por pessoas que representam certos segmentos da sociedade e justamente isso, quando as pessoas se sentem representadas elas querem que aconteçam proposituras que de certa forma elas sejam contempladas. Então, as minhas proposituras contemplam o meu público, as pessoas que votaram em mim, que eu represento. Se ele não teve a capacidade de chegar na Câmara para representar o segmento dele, o problema é dele, ruim pra ele e pras pessoas que ele representa. Eu, graças a Deus tive a oportunidade, por duas vezes, representar um público que eu estou honrando e as minhas proposituras fazem juz a essa representação. Com relação a questão do IPTU, foi propositura minha, mas agora é um decreto do prefeito, mas foi idealizado por mim, e estou muito feliz por isso”, explicou a vereadora.

Sobre a possibilidade de serem colegas parlamentares numa próxima legislatura, a vereadora garantiu que não teria problemas. “Completamente a vontade, sem nenhum problema. Já tive outros opositores como Sandra Marrocos e a gente fez um mandato espetacular, foi muito interessante e eu me sentiria à “vontadíssima”. Tenho respeito a ele e a cada um que defende seus interesses”, disse.

Renan ainda apontou que a Câmara de João Pessoa, na atual legislatura, está politicamente atrasada, por ter recebido personalidades emblemáticas, como, mais recentemente, o deputado federal carioca Jair Bolsonaro.

Em contrapartida, Eliza comentou a visão que tem de Bolsonaro. “Aqui foi feita uma audiência pública, não dei nenhuma comenda pra ele, mas se tiver que aprovar, eu acho que ele merecia. O Brasil está precisando de pessoas que tragam um tom de disciplina. Ordem e disciplina é o que tá faltando no Brasil e muito. E eu admiro ele por isso, não concordo com 100% do que ele diz, mas com quase tudo e não tenho vergonha disso. Acho que a gente não deve ficar em cima do muro. Quanto a Magno Malta, dei título a ele sim, ele foi um grande homem, ele conseguiu colocar pra fora, descobrir, tirar de baixo do lençol, a questão da pedofilia no Brasil, e eu não vejo motivos pra não fazer”, disse.

Questionada sobre a heterofobia desmentida por Renan Palmeira, a vereadora garantiu a existência. “Existe sim, as pessoas estão ficando constrangidas em defender certas ideologias, justamente por que o que está valendo agora é você ser 100% ativista homosexual, você apoiar, você aceitar e quando você diz algo contrário a eles você é taxado de homofóbico, e isso pra mim é heterofobia. Como o que aconteceu com a menina do Olivina Olivía, quando a professora estava dando uma palestra sobre ideologia de gênero, um assunto que foi vetado no plano municipal e estadual de educação, e o professor mandava ela se ausentar da sala. Isso pra mim também é um tipo de discriminação”, afirmou.

“De forma alguma, existe uma parcela, como eles chamam de conservador, fundamentalista, e se a Câmara tem um “Q” disso aí, pra mim, conservador é elogio. Não me constrange nem muito menos me deixa chateada, porque os princípios de valor devem ser preservados, eu acho que ela liberação não está melhorando em nada a vida de nossas crianças e adolescentes”, comentou.