Agentes de Saúde entram em greve e apontam negligência da PMJP

Os agentes comunitários de saúde de João Pessoa entraram em greve por tempo indeterminado desde a última segunda-feira (11). A perspectiva é de que apenas na próxima semana haja algum tipo de diálogo com a Prefeitura da Capital.

O agente de saúde Alberto Alves, em entrevista ao Paraíba Já, nesta terça-feira (13), afirmou que a categoria recebeu doações de material de trabalho do Governo do Estado, pois a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) afirma estar com um processo licitatória, para a compra desses materiais, há mais de cinco anos.

Os agentes de Saúde de João Pessoa decidiram entrar em greve, na última segunda-feira(11), após cinco anos tentando diálogo com o prefeito Luciano Cartaxo (PSD), sem obter êxito. A falta de material de trabalho é apenas umas das reivindicações da categoria, outras são a falta de reajuste salarial e a retirada de gratificações garantidas por lei.

“Estamos há cinco anos sem reajuste salarial. Estamos sem material de trabalho há cinco anos, o último material que recebemos foi doação do Governo do Estado, umas bolsas e uns materiais que estávamos aguardado a Prefeitura passar para a gente, mas eles alegam que tem uma licitação que está em tramitação há cinco anos. A nossa gratificação também foi retirada, que perante a lei nós temos direito”, explicou.

Alberto relatou que na última manifestação realizada pela categoria, na frente da PMJP, eles conseguiram falar com o vice-prefeito Manoel Júnior (PMDB), que garantiu conversar com Cartaxo, para tentar solucionar o problema. Apesar do prefeito da Capital repetir constantemente que é aberto ao diálogo, o agente de Saúde afirmou que há cindo anos a categoria tenta se reunir com o Cartaxo e não consegue.

“A Secretaria de Saúde marca reuniões com os agentes de saúde. Nós fizemos uma manifestação semana passada, em frente à Prefeitura, conseguimos falar com Manoel Júnior, que falou que nos daria uma posição próxima segunda. Estamos tentando falar com Luciano Cartaxo faz mais de anos e ele não atende a categoria. O secretário de Saúde marca reuniões e só faz nos enrolar”, relatou.