Acabou a fila! Mangueira é campeã do Carnaval 2016 no Rio de Janeiro

MangueiraA Estação Primeira de Mangueira se consagrou campeã do Carnaval 2016 no Rio de Janeiro, com 269,8 pontos, conquistando seu 18º título após apuração das notas realizada nesta quarta-feira (10), na praça da Apoteose. Em uma disputa acirrada, decidida por um décimo, a Unidos da Tijuca ficou com o vice-campeonato. Com apenas 265 pontos, a Estácio de Sá foi rebaixada para o grupo de acesso do Carnaval carioca.

A Mangueira encerrou a segunda noite de desfiles, já na madrugada de terça, homenageando a carreira da cantora Maria Bethânia, com o enredo “Maria Bethânia, a Menina dos Olhos de Oyá”.

Após a apuração, Chiquinho da Mangueira, presidente da escola comemorou a volta ao desfile das campeãs. “A Mangueira merece estar sempre aqui entre as campeãs, porque sem a Mangueira o Carnaval não é o mesmo”. Ele também disse que “sabia que seria uma disputa acirrada”. “Qualquer uma que fosse campeã, seria merecido. Foi o Carnaval mais disputado dos últimos 20 anos, na minha opinião”, afirmou.

“Eu acho que a Mangueira juntou o que precisava juntar, que é a juventude com a tradição, respeitando o que a escola tem de mais importante, que é a sua comunidade”, explicou. Neste ano, a escola trouxe um carnavalesco estreante e coreógrafos da comissão de frente e do casal de mestre-sala e porta-bandeira com pouca experiência no Carnaval.

A rainha da bateria Evelyn Bastos creditou a vitória “à comunidade, que esteve com a gente o tempo inteiro, fez ensaios maravilhosos e fez um honroso desfile”, e à cantora Maria Bethânia. “A Bethânia é uma grande força. E dessas duas grandes forças unidas saiu a grande campeã do Carnaval carioca”.

No fim do desfile, o carnavalesco Leandro Vieira havia afirmado que “foi um desfilaço”. Já na comemoração, na quadra da escola – lotada, com gritos de “A campeã voltou!” e ao som dos sambas deste e de outros anos -, ele contou que ficou em casa ouvindo um disco da Bethânia durante a apuração. “Eu sou um carnavalesco novato, não tenho experiência com apuração. Fiquei com medo de morrer”, disse ele, que foi avisado do título pelos gritos da mulher, a porta-bandeira Squel.

Sobre a ideia do enredo, ele revelou que o amor pela cantora vem de longe. “A Bethânia é uma voz que sempre esteve no meu ouvido. Tudo que eu fiz de arte na minha vida, eu fiz embalado pela voz da Bethânia. Há alguns anos, mesmo antes de ser carnavalesco, eu imaginava que a Bethânia daria um enredo com a cara do Brasil, com a cara das coisas que eu acredito. Quando eu vim pra Mangueira, eu propus o enredo pra eles e deu certo”.